Entenda porque o comércio é um dos setores econômicos mais importantes para qualquer país e conheça os 6 tipos principais. E mais: veja de que forma a tecnologia apoia na sua gestão.
Dificilmente vamos conseguir falar da história de um lugar ou de uma sociedade sem tratar dos tipos de comércio. Afinal, isso existe desde os primeiros dias da civilização humana, quando grupos trocavam bens em troca de dinheiro ou comida.
Hoje, o comércio se refere às compras e vendas de bens e serviços envolvendo um valor monetário. Mas também existe uma série de subconjuntos quando falamos desse tipo de negócio. Quer um exemplo? Há pouco tempo surgiu o e-commerce, que nada mais é do que o uso do comércio eletrônico, com soluções e ferramentas digitais.
Se você quer entender os diferentes aspectos do comércio e quais são os principais tipos, está no lugar certo! Vamos falar de cada um deles, bem como suas principais diferenças. Confira!
O que os tipos de comércio representam?
Que o comércio é um importante setor para a economia isso nós já sabemos. Mas, será que há uma forma de descrevê-lo?
Em resumo, comércio se refere à troca de bens, serviços ou algo de valor entre empresas ou pessoas. De uma perspectiva ampla, os países estão preocupados em administrá-lo de forma a aumentar o bem-estar dos cidadãos, proporcionando empregos, produzindo bens e entregando serviços.
Desde as trocas de mercadorias até a criação de moedas e o estabelecimento de rotas comerciais, as pessoas têm buscado maneiras de comercializar bens e serviços. Isso também passa pela construção de um processo de distribuição.
Nesse ponto, é importante esclarecer uma dúvida bem comum: comércio não tem o mesmo significado que negócios? Na verdade, ele é um subconjunto, ou seja, um tipo de negócios. Isso nos leva às principais características dele:
- A compra ou venda de um único item é conhecida como transação, enquanto todas as transações desse item em uma economia são conhecidas como comércio;
- A maior parte do comércio é conduzida internacionalmente e representa a compra e venda de mercadorias entre nações;
- O comércio não se relaciona com o processo de fabricação ou produção de negócios, mas apenas com a etapa de distribuição de bens e serviços.
O comércio leva à prosperidade das nações e aumenta o padrão de vida. Mas, se não for controlado ou regulamentado, pode levar a sérios problemas.
Qual a importância da implementação e gestão do comércio?
Quando administrada de maneira adequada, a atividade comercial pode melhorar a visão de mercado de um país perante o mundo. No entanto, quando o comércio não é regulamentado, as grandes empresas podem se tornar muito poderosas e impor prejuízos ao mercado interno.
Muitas nações estabeleceram agências governamentais responsáveis pela promoção e gestão do comércio. Grandes organizações também regulam o comércio internacional. Por exemplo: a Organização Mundial do Comércio (OMC) estabelece regras para tarifas relativas à importação e exportação de bens entre países.
As regras têm como objetivo facilitar o comércio e estabelecer condições equitativas para os países membros. O mesmo acontece na América Latina através do Mercosul.
Isso mostra a importância de contar com um conjunto central de estratégias para a gestão do comércio. Mas cada organização também depende de ações próprias para conseguir prosperar nesse meio que é tão competitivo.
6 principais tipos de comércio que você precisa conhecer
Claro que até agora estamos trazendo uma visão geral do que é o comércio e como ele funciona. Mas já está claro que existem diferentes tipos de comércio, com foco e objetivos que diferem uns dos outros.
Na prática, cada tipo de comércio possui vantagens e desvantagens, características semelhantes e outras distintas, além de diferenças estruturais entre eles.
Aqui vamos apresentar os 6 principais tipos de comércio. Certamente você já conhece, mas talvez não tenha observado que eles atuam de formas diferentes. Vamos lá!
1. Atacado
O comércio por atacado, também chamado de setor atacadista, é aquele no qual as empresas realizam vendas de produtos em grandes quantidades. É o tipo de comércio em que uma empresa vende para outras empresas, que irão revender os produtos.
Por conta dessa característica, o atacado trabalha com um valor de venda dos produtos muito mais em conta do que o do varejista.
Fazem parte deste tipo de setor os distribuidores de produtos, indústrias e fabricantes, editoras de livros, entre outros.
2. Varejo
O varejo, também conhecido como comércio varejista, é uma modalidade de comercialização que se baseia em vendas de pequena escala. É o modelo direcionado para o público consumidor comum, já que o negócio vende menos produtos por vez, diferentemente do atacado que conhecemos antes.
No Brasil, o setor é considerado a espinha dorsal da economia. Isso porque ele representa mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, entre os anos de 2017 e 2018, foram movimentados cerca de R$1,34 trilhão.
Um ponto de destaque do varejo é que as empresas disponibilizam os produtos à disposição dos clientes, que podem acessar facilmente e escolher aquilo que deseja comprar. Veja exemplos de categorias que atuam no varejo:
- Supermercados e hipermercados;
- Lojas de móveis, decoração e materiais de escritório;
- Postos de gasolina;
- Livrarias;
- Farmácias;
- Lojas de departamentos, vestuários e itens esportivos;
- Estabelecimentos de produtos pets;
- Concessionárias de veículos;
- Lojas de eletroeletrônicos.
Aqui já é importante ressaltar a importância da tecnologia no varejo. Ela não é determinada apenas por padrões de consumo, mas também pode ser utilizada na gestão do negócio. Assim, fazendo parte da experiência do consumidor de forma indireta.
3. E-commerce
O comércio eletrônico é uma variante do comércio no qual os produtos são vendidos pela internet. Nesse caso, podemos descrevê-lo como qualquer negócio ou transação comercial que inclua a transferência de informações financeiras de modo online.
Ao contrário do comércio tradicional entre dois lados, ele permite que consumidores individuais troquem valor por bens e serviços com poucas ou nenhuma barreira.
O comércio eletrônico também mudou a forma como as economias conduzem o comércio. No passado, as vendas entre regiões diferentes representavam muitos obstáculos logísticos, tanto por parte do comprador quanto do vendedor. Agora, essa barreira ficou no passado com o surgimento de diversas empresas que facilitam essa logística.
Isso criou um ambiente onde qualquer empresa pode se beneficiar com o comércio eletrônico. Ou seja, mesmo os proprietários de pequenos comércios têm a chance de comercializar para clientes de qualquer lugar e atender pedidos internacionais.
4. Comércio especializado
O comércio especializado é aquele focado em vender um único tipo de produto ou em um único segmento. Alguns exemplos são as lojas focadas em vender apenas alimentos naturais, calçados, materiais esportivos, entre outros.
Por essa característica, as empresas também se enquadram como varejo ou até mesmo como atacado. Há também o uso do e-commerce para conseguir disponibilizar os produtos para diferentes lugares.
5. Comércio independente
Sabe as feiras de frutas da cidade, as barraquinhas de cachorro quente, pastelarias e outros negócios semelhantes? Eles se enquadram dentro do comércio independente, onde uma pessoa monta sua própria estrutura de comércio.
Esse tipo de comércio é constituído por empresas de pequeno porte, que contam com um pequeno número de funcionários ou um exclusivo. A grande maioria, inclusive, conta com os próprios integrantes da família.
6. Comércio exterior
O comércio exterior é a troca mútua de serviços ou bens entre regiões e fronteiras internacionais. Existem variedades como importação e exportação – conceitos importantes para a economia nacional.
Podemos dizer que o comércio exterior é a forma mais antiga e importante de divisão internacional do trabalho. Isso porque as relações comerciais com outros países oferecem vantagens a todos os países e também às partes que participam do processo, como:
- As empresas ganham novos mercados;
- Há um aumento no volume de negociações;
- O número de postos de trabalho também cresce.
O comércio exterior pode ser usado para adquirir mercadorias estrangeiras que não são produzidas internamente com a mesma qualidade ou que não estão disponíveis no cenário nacional.
Um exemplo envolvendo o Brasil é a exportação de carne bovina e suína. Como o país é forte no desenvolvimento da pecuária, os outros países do mundo focam em fazer o comércio com a gente ao invés de criar do zero uma produção local.