O tema trabalho é o que mais preocupa o jovem brasileiro em todas classes sociais. 52% acreditam que o emprego, além de atender suas necessidades financeiras, é responsável por seu crescimento e sua independência. “A necessidade é um fator importante, mas não é o único que leva o jovem ao mercado de trabalho”, afirmou Gabriela Calanzas, uma das responsáveis pela pesquisa Perfil da Juventude Brasileira. Cerca de 32% dos 3.501 entrevistados, em 198 municípios, estão inseridos no mercado de trabalho, 20% estão tentando uma colocação e 90% dos jovens, de 21 a 24 anos, estão no mercado.
“Mesmo os pais com renda mais alta, têm filhos que estão inseridos no mercado de trabalho”, disse a co-autora do livro Retratos da Juventude Brasileira.
A pesquisa confirma ainda que 37% dos trabalhadores não são registrados e que, deste total, 47% têm entre 15 e 17 anos. Dos 27% com carteira assinada, 37% têm entre 21 e 24 anos. “Quanto maior a renda e melhor o estudo do jovem, maiores são as chances de ele arrumar um emprego”, constatou. Para 20% dos entrevistados, o ruim de ser jovem é a falta de trabalho e de renda. O desemprego supera problemas como drogas (17%) e controle familiar (15%). O estudo preocupa mais as garotas de 15 a 17 anos (28%) do que os garotos (14%).
Para 76% dos entrevistados a escola é muito importante para o futuro profissional, mas apenas 58% classificam os estudos como fundamental para conseguir um emprego. Mais da metade dos estudantes que terminaram o ensino médio não entrou na faculdade. “É no ensino superior que as diferenças aparecem”, comentou revelando que 89% já estudaram ou ainda estudam em colégios públicos.
Fonte: http://www.abt-br.org.br/