Causas da morte da secretária médica Sheila Seleoane, de 58 anos, ainda são desconhecidas; vizinhos querem processar a associação que não deram ouvido aos pedidos de ajuda.
Os moradores de um prédio em Londres, na Inglaterra, se revoltaram com um acontecimento. Segundo a ‘BBC’, a secretária médica Sheila Seleoane, de 58 anos, morreu em seu apartamento e o corpo só foi encontrado dois anos e meio depois. Segundo a Peabody, a associação habitacional que administrava o local, a mulher morava lá desde 2014 e o aluguel estava sendo pago porque a empresa pediu, sem ter falado com Sheila, que o governo pagasse diretamente o aluguel, sem nem ao menos checar se a mulher que sempre pagou em dia estava viva. Diante dessa decisão, ninguém do governo, da polícia ou da administradora sequer checou se ela estava bem. Essa não foi a única infração. Em 2020, quando o certificado de gás venceu, a Peabody cortou o fornecimento de gás após enviar cartas que não terem retorno – mas em nenhum momento se prontificaram em ir até o loca. Após um ano que Sheila estava morta, a Peabody finalmente visitou o prédio diante das inúmeras reclamações dos vizinhos. Eles pediram à polícia que verificasse como estava Sheila, mas quando os policiais bateram em sua porta e ninguém respondeu, a administradora decidiu que não tinha justificativa suficiente para entrar no apartamento.
Segundo a reportagem, os moradores avaliam abrir um processo contra a associação. “Assim que a porta foi aberta, eu sabia que algo ruim havia acontecido. Você podia ver isso nos rostos dos policiais”, relembra Audrey, em entrevista a BBC, do dia em que encontraram o corpo de Sheila. O que havia restado dela era pouco mais que um esqueleto, vestido com calças de pijamas azuis e uma blusa branca. A polícia disse que ela não foi assassinada. As autoridades decifraram que a mulher estava morta há quase três anos por causa de uma sobremesa que estava na geladeira e tinha vencido há dois anos e meio. Para os vizinhos de Sheila, há muito tempo era óbvio que alguma coisa estava errada. Semanas após a morte da mulher, em agosto de 2019, Chantel (nome fictício), que morava no apartamento logo abaixo, trocou as lâmpadas. Quando ela removeu a lâmpada velha, larvas caíram do teto. Nas semanas seguintes, o problema só piorou. A mulher chegou a ligar para Peabody, mas foi informada de que a entidade não lidava com larvas. “É muito triste que alguém possa estar em seu apartamento por tanto tempo e não ser encontrado. Ninguém estava sequer se esforçando para entrar em contato com ela”, relatou em entrevista ao jornal britânico.
Fonte:https://jovempan.com.br/