Radicado em Eunápolis desde a década de 1970, foi um dos entusiastas da luta pela
emancipação do município.
O ex-vereador de Porto Seguro, Antônio Forte Maia, morreu na manhã desta quintafeira (16), aos 74 anos. Radicado em Eunápolis desde o fim da década de 1970, ele
havia passado 67 dias internado na UTI do Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna,
após uma cirurgia de ponte de safena.
O quadro de saúde vinha se agravando e, diante da irreversibilidade do caso, ele foi
transferido na madrugada de segunda-feira (13) para a UTI do Hospital Ames, em
Eunápolis, onde faleceu por volta das 9h.
O velório será realizado a partir das 14h, no Memorial Pax do Brasil, na Rua
Tupiniquins, bairro Pequi, em Eunápolis. O sepultamento está previsto para esta sextafeira (17), às 9h, no Cemitério Campo Santo, no Alto da Boa Vista.
Ao ser informado da morte, o presidente da Câmara Municipal de Eunápolis, Valdiran
Marques, interrompeu a sessão e pediu um minuto de silêncio em homenagem ao exvereador.
ORIGEM E CHEGADA A EUNÁPOLIS
Nascido em 14 de maio de 1951, em Brejo do Cruz, na Paraíba, Antônio Forte chegou a
Eunápolis em 1978, aos 27 anos, em meio ao ciclo madeireiro. Deixou o sertão em
busca de novas oportunidades e, em passagem pela rodoviária de Salvador, ouviu
falar do ‘maior povoado do mundo’, como Eunápolis era chamada antes da
emancipação. A promessa de prosperidade o levou a comprar passagem e seguir para
o lugar, que na época crescia a passos largos.
Pouco depois iniciou atividades no comércio de mercadorias. Um ano mais tarde
trouxe da Paraíba a então esposa, a professora Maria Forte, com quem teve duas
filhas: Glícia Forte, gerente comercial do portal Radar News, e Kézia Forte.
VIDA PÚBLICA
Conservador em muitos aspectos, mas também aberto a ideias progressistas, Antônio
Forte exerceu mandato de vereador em Porto Seguro entre 1982 e 1988. Naquele
período, Eunápolis ainda era distrito, e o território do então “maior povoado do mundo”
estava dividido entre Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.
Costumava dizer que Eunápolis tinha duas prefeituras, mas não recebia atenção de
nenhuma delas, acumulando problemas. Por isso, abraçou com firmeza o movimento
pela emancipação, conquistada em 12 de maio de 1988.
O genro, o jornalista Hugo Santos, editor-chefe do Radar News e casado com Glícia, a
filha mais nova, destacou que a política nunca deixou de pulsar em Antônio Forte.
Segundo ele, o ex-vereador mantinha convicções firmes, mas sabia dialogar e
encontrar equilíbrio nas relações.
FAMÍLIA E LEGADO
Antônio Forte deixa viúva dona Celma Marques Carvalho, companheira por mais de 20
anos, além dos netos Isabella, Pedro Henrick, Victor Hugo e Maria Fernanda. Deixa
também uma legião de amigos, na terra que tanto amava e pela qual lutou pelo
desenvolvimento.
Fonte e Fotos: https://radar.news/