Inicialmente, a gripe Espanhola surgiu apenas na Europa e nos Estados Unidos, mas em poucos meses se espalhou pelo resto do mundo, afetando a Índia, o sudeste asiático, o Japão, a China, a América Central e inclusive o Brasil, onde matou mais de 10 mil pessoas no Rio de Janeiro e 2 mil em São Paulo.
A gripe espanhola não tinha cura, mas a doença desapareceu entre o final de 1919 e princípios de 1920, não tendo sido registrados mais casos da doença desde essa época.
Principais sintomas
O vírus da gripe espanhola tinha a capacidade de afetar vários sistemas do organismo, ou seja, podia causar sintomas ao atingir os sistemas respiratório, nervoso, digestivo, renal ou circulatório. Assim, os principais sintomas da gripe espanhola incluam:
- Dores musculares e nas articulações;
- Intensa dor de cabeça;
- Insônia;
- Febre acima de 38º;
- Cansaço excessivo;
- Dificuldade para respirar;
- Sensação de falta de ar;
- Inflamação da laringe, faringe, traqueia e brônquios;
- Pneumonia;
- Dor abdominal;
- Aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos;
- Proteinúria, que é o aumento da concentração de proteína na urina;
- Nefrite.
Após algumas horas de surgimento dos sintomas, os pacientes com gripe Espanhola podiam apresentar manchas marrons no rosto, pele azulada, tosse com sangue e sangramentos pelo nariz e orelhas.
Causa e forma de transmissão
A gripe Espanhola foi causada por uma mutação aleatória no vírus da gripe que deu origem ao vírus H1N1. Esse vírus foi facilmente transmitido de pessoa para pessoa por meio do contato direto, tosse e mesmo pelo ar, principalmente devido aos sistemas sanitários de vários países serem deficitários e sofrerem com os conflitos da Grande Guerra.
Como era feito o tratamento
Não foi descoberto um tratamento para a gripe Espanhola, sendo que apenas era aconselhado repousar e manter uma alimentação e hidratação adequadas. Assim, poucos eram os pacientes que ficavam curados, dependendo do seu sistema imune.
Como não havia vacina na época contra o vírus, o tratamento era feito para combater o sintomas e normalmente era receitado pelo médico aspirina, que é um anti-inflamatório usado para aliviar a dor e baixar a febre.
A mutação do vírus da gripe comum de 1918 é semelhante à que surgiu nos casos da gripe das aves (H5N1) ou gripe suína (H1N1). Nestes casos, como não era fácil identificar o organismo que estava causando a doença, não era possível encontrar um tratamento eficaz, tornando a doença fatal na maior parte dos casos.
Prevenção da gripe Espanhola
Para evitar a transmissão do vírus da gripe Espanhola era recomendado evitar estar em lugares públicos com muita gente, como teatros ou escolas, e, por isso, algumas cidades foram abandonadas.
Hoje em dia a melhor forma de prevenir a gripe é por meio da vacinação anual, uma vez que os vírus sofrem mutações aleatórias ao longo do ano para poderem sobreviver. Além da vacina, existem antibióticos, que surgiram em 1928, e que podem ser receitados pelo médico para evitar a ocorrência de infecções bacterianas posteriores à gripe.
É importante, também, evitar ambientes muito populosos, pois o vírus da gripe pode passar de pessoa para pessoa facilmente. Veja como prevenir a gripe.
Assista ainda o vídeo seguinte e entenda como pode surgir uma epidemia e como evitar que isso aconteça: