De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Territorial de Eunápolis, Joneuma teria facilitado a ação de criminosos que promoveram a invasão e a fuga no presídio. Além disso, segundo a Polícia Civil, foi identificada a ligação da ex-diretora com uma organização criminosa.
A prisão ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades de uma agência bancária. Durante a abordagem, a polícia apreendeu com a suspeita diversos itens, incluindo aparelhos celulares, chips telefônicos, um caderno de anotações e R$ 8 mil em espécie. Todo o material foi apresentado na delegacia. Após ser conduzida à unidade policial, Joneuma foi submetida a exame pericial e será transferida ainda hoje para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. A investigação segue em andamento.
A fuga dos 16 detentos contou com a ajuda de um grupo fortemente armado, que invadiu a unidade prisional e trocou tiros com os agentes de segurança. Enquanto isso, os presos perfuraram o teto de uma cela e usaram uma corda improvisada para pular o muro.
O objetivo da ação era libertar o chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis, Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dada. Os outros 15 detentos libertados também fazem parte da mesma facção criminosa.
Embora a exoneração de Joneuma tenha sido assinada pelo governador Jerônimo Rodrigues no último dia 7 de janeiro, ela já estava afastada da função desde dezembro, após a Secretaria de Administração e Ressocialização Penitenciária (Seap) anunciar uma intervenção no presídio.
Joneuma foi a primeira mulher a ocupar este cargo em um presídio masculino da Bahia. Ela foi nomeada em março de 2024 como substituta do tenente-coronel PM Cleber Santos.
Graduada em direito, Joneuma também possui curso de formação para Agente Penitenciário. Antes de assumir o posto de gestão em Eunápolis, ela já tinha atuado no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), onde iniciou sua carreira na segurança pública.
A diretora afastada já havia encaminhado para a redação do agazetabahia vários documentos, provando que o superintendente não deu importância às duas insistentes cobranças.
Através de um processo SEI, encaminhado ao superintendente Prisional Luciano Teixeira Viana, Joneuma Silva Neres, insistia na construção do muro na unidade.
Fonte: Bahia News