A instituição ganhou o prêmio de melhor escola do mundo em ação ambiental, superando locais de países como Emirados Árabes, Filipinas, China, Argentina e Canadá
Esta é a história de um sucesso altamente improvável.
Aconteceu no Huila, a região mais produtora de café da Colômbia, o país que fornece um dos cafés mais ricos e populares do mundo.
Lá, na área de San Francisco, assim como em qualquer outra região rural desse país, ser criança ou adolescente e estudar para obter o diploma de ensino médio é uma verdadeira proeza.
De acordo com um estudo recente da Universidade Javeriana, 79,8% das instituições educacionais em áreas rurais colombianas não têm acesso à internet, 18,1% nem mesmo têm fornecimento de energia elétrica, e 61,5% dos estudantes rurais precisam se deslocar a pé até suas escolas, muitas vezes em territórios extensos.
Portanto, não é surpreendente que hoje a Instituição Educativa Montessori, unidade San Francisco, não possua biblioteca nem sala de professores.
O que é extraordinário é que, com os recursos limitados com os quais opera, conseguiu conquistar mais de 30 prêmios nacionais e internacionais por sua abordagem educacional.
E o que é quase milagroso é que recentemente tenha recebido US$50.000 por ganhar o prêmio de melhor escola do mundo em ação ambiental, superando escolas de países como Emirados Árabes, Filipinas, China, Argentina e Canadá.
Este prêmio é o resultado de mais de seis anos de esforços da comunidade educacional, sob o nome de CafeLab, um laboratório inovador inspirado na natureza cafeicultora das famílias de seus 380 alunos.
A BBC Mundo conversou com o diretor do projeto e com uma das alunas para entender como conseguiram transformar seu ambicioso sonho em realidade.